domingo, 10 de outubro de 2010

o Centenário da República

A República Portuguesa foi proclamada em Lisboa a 5 de Outubro de 1910. Nesse dia foi organizado um governo provisório, que tomou o controlo da administração do país, chefiado por Teófilo Braga, um dos teorizadores do movimento republicano nacional. Iniciava-se um processo que culminou na implantação de um regime republicano, que definitivamente afastou a monarquia.


Este governo, pelos decretos de 14 de Março, 5, 20 e 28 de Abril de 1911, impôs as novas regras da eleição dos deputados da Assembleia Constituinte, reunida pela primeira vez a 19 de Junho desse ano, numa sessão onde foi sancionada a revolução republicana; foi abolido o direito da monarquia; e foi decretada uma república democrática, que veio a ser dotada de uma nova Constituição, ainda em 1911.

A implantação da República é resultante de um longo processo de mutação política, social e mental, onde merecem uns lugares de destaque os defensores da ideologia republicana, que conduziram à formação do Partido Republicano Português (PRP), no final do século XIX.

O Ultimato inglês, de 11 de Janeiro de 1890, e a atitude da monarquia portuguesa perante este acto precipitaram o desenvolvimento deste partido no nosso país. De 3 de Abril de 1876, quando foi eleito o Directório Republicano Democrático, até 1890, altura em que se sentia a reacção contra o Ultimato e a crítica da posição da monarquia, a oposição ao regime monárquico era heterogénea e desorganizada. Contudo a "massa eleitoral" deste partido conseguiu uma representação no Parlamento em 1879, apesar de pouco significativa, numa altura em que a oposição ao regime era partilhada nomeadamente com os socialistas, também eles pouco influentes entre a população.
Em 1890, o partido surgiu quase do vazio, para um ano depois do Ultimato publicar um manifesto, elaborado pelo Directório, em que colaboraram: Azevedo e Silva; Bernardino Pinheiro; Francisco Homem Cristo; Jacinto Nunes; Manuel de Arriaga e Teófilo Braga. Este manifesto saiu a 11 de Janeiro de 1891, umas semanas antes da tentativa falhada de implantar a República de 31 de Janeiro.

Após o desaire desta tentativa, o partido enfrentou grandes dificuldades; no entanto, a 13 de Outubro de 1878, fora eleito o primeiro representante republicano, o deputado José Joaquim Rodrigues de Freitas.

Os representantes republicanos, no primeiro período da sessão legislativa de 1884, eram José Elias Garcia e Manuel de Arriaga. No segundo período foi a vez de Elias Garcia e Zéfimo Consiglieri Pedroso. Estes dois últimos estiveram também nas sessões de 1885 a 1889.

Para o primeiro período da sessão legislativa de 1890 foram eleitos os deputados Rodrigues de Freitas e José Maria Latino Coelho, e para o segundo período dessa sessão Bernardino Pereira Pinheiro, Elias Garcia, Latino Coelho e Manuel de Arriaga.

Na sessão de 1891, ano em que faleceram Elias Garcia (22 de Abril) e Latino Coelho (29 de Agosto) pontificavam os quatro deputados da sessão anterior; na de 1892 foram Bernardino Pinheiro, Manuel de Arriaga e Eduardo de Abreu; na de 1893 Eduardo Abreu, Francisco Teixeira de Queirós e José Jacinto Nunes; e passado um ano, em 1894, o mesmo Eduardo de Abreu e Francisco Gomes da Silva. Desta data e até 1900 não houve mais representação republicana. Nesta fase, em que esteve afastado do Parlamento, o partido empenhou-se na sua organização interna.

Nos últimos quinze anos de vida da monarquia portuguesa o Directório do Porto e o P.R.P., apesar de algumas divergências, trabalharam em conjunto. Na cidade do Porto o periódico A Voz Pública desempenhou um papel importante em prol da propagação dos ideais republicanos, tal como os de Duarte Leite, lente da Academia Politécnica. Em Lisboa circulavam O Mundo, desde 1900, e A Luta, desde 1906.

Após um período de grande repressão, o movimento republicano entrou de novo na corrida das legislativas em 1900, conseguindo quatro deputados: Afonso Costa, Alexandre Braga, António José de Almeida e João Meneses.

Nas eleições de 5 de Abril de 1908, a última legislativa na vigência da monarquia, foram eleitos, além dos quatro deputados das eleições transactas, Estêvão Vasconcelos, José Maria de Moura Barata e Manuel de Brito Camacho. A implantação do republicanismo entre o eleitorado crescia de forma evidente.

Nas eleições de 28 de Agosto de 1910 o partido teve um resultado arrasador, elegendo dez deputados por Lisboa. E a 5 de Outubro desse ano era proclamada a República Portuguesa.

Beijos
Xana

domingo, 3 de outubro de 2010

A história do pi

Como se sabe p ( pi ), é o número mais famoso da história universal, o qual recebeu um nome próprio, um nome grego, pois embora seja um número, não pode ser escrito com um número finito de algarismos. O p representa a razão entre o perímetro do círculo e seu diâmetro.




O número p tem uma história fascinante, que começou acerca de 4000 anos atrás. Antes de mais é importante focar que na história do p, um dos passos fundamentais, consistiu em adquirir consciência da constância da razão entre o perímetro e o diâmetro de qualquer círculo, pois sem esta consciência nunca se teria calculado o p . Inúmeros povos andaram à sua procura mesmo antes que chegassem a ter consciência matemática.



No velho testamento ( I Reis 7 : 23 ) lê-se: " E ele ( Salomão ) fez também um lago de dez cúbitos, de margem a margem, circular, cinco cúbitos de fundo, e trinta cúbitos em redor", este mesmo verso aparece também em II Crónicas 4 : 2. Esta passagem ocorre numa lista de especificações para o grande templo de Salomão, construído cerca de 950 a.C.. A circunferência era, pois, seis vezes o raio, ou três vezes o diâmetro. Isto significa que os antigos Hebreus se contentavam em atribuir a p o valor 3. Este valor foi muito possivelmente encontrado por medição. Alguns aproveitam ridiculamente esta passagem da bíblia para contestar que a bíblia provém de Deus, pois dizem " Como p =3 é obviamente falso, a bíblia não pode provir de Deus…". Mas bíblia não é um livro de texto cientifico e esta passagem especifica não foi escrita com a intenção de revelar o valor do p , mas para dar uma descrição do templo e dos objectos nele contidos. O valor 3 foi usado durante muito tempo por motivos religiosos e culturais em certas civilizações, como a dos Egípcios e a dos Babilónios, quando já se conheciam, nessas mesmas civilizações determinações melhores. Os melhores valores Egípcios e Babilónios que se conhecem são respectivamente 4 (8/9)2 = 3.16 e 3+1/8 = 3.125. No caso egípcio ignoramos como chegaram ao valor 4 (8/9)2, que se encontra no Papiro de Ahmes ou Rhind, gravado no segundo século a.C.. É este valor que se obtém experimentalmente, medindo a circunferência de latas, pratos e cestas e dividindo-a pelos diâmetros respectivos. No caso Babilónio o valor 3+1/8 deduz-se de uma das Placas de Susa, único exemplo conhecido nessas épocas do que parece ser familiaridade com um processo geral que, em princípio, permite determinações tão exactas quanto se queira. Não sabemos, em pormenor, de que modo os Babilónios chegaram a esta boa aproximação.



Arquimedes de Siracusa ( 287-212 a.C. ), pôs mãos à obra com expedientes novos, muito mais profundos. Sabia que p não era racionalmente determinável, ou, ao menos, o suspeitava.



Assim sendo, propôs-se descobrir um processo para a determinação de p , o Método de Arquimedes , com a precisão que se desejasse. Este usou, processos geométricos, complicados mas gerais, que dão limites inferiores e superiores para p . Arquimedes utilizou alguns polígonos regulares, com um número crescente de lados, até chegar ao polígono de 96 lados, através do qual obteve a seguinte aproximação de p ,


3.1410 < p < 3.1428




Descobriu-se recentemente que, no ano 480 de nossa era, um certo engenheiro hidráulico de nome Tsu Chung- Chi ( 430-501 d.C. ), chegou a um valor de p extraordinariamente preciso, considerada a época em que foi calculado. O p de Tsu Chung- Chi, em nossa notação décimal, oscilaria entre 3.1415926 e 3.1415927. Ignoramos como é que ele chegou a este resultado.



A época do Renascimento Europeu trouxe, na altura devida, um novo mundo matemático. Entre os primeiros efeitos deste renascer está a necessidade de encontrar uma fórmula para o p. Descobriu-se então a definição não geométrica de p e do papel "não geométrico" deste valor. Assim se chegou à descoberta das representações de p por séries infinitas. Um dos primeiros foi Wallis ( 1616-1703 ) com a fórmula,

Uma outra fórmula que é por vezes atribuída a Leibniz ( 1646-1716), mas que parece ter sido primeiro descoberta por James Gregory (1638-1675 ) é



A série de Gregory converge lentamente, de tal forma que se pretendermos obter quatro casas decimais correctas temos que ter cerca de 10000 termos da série. Esta fórmula é mais apropriada para o cálculo computacional do que para o cálculo humano. Contudo Gregory também demonstrou um resultado mais geral,


então usando o facto seguinte
conclui-se que,
a qual converge mais rapidamente, pois para se obter quatro casas decimais correctas necessitamos apenas de nove termos da série.



Em 1706, John Machin introduziu uma variação da série de Gregory com um aumento significativo da convergência. Ele conseguiu calcular o p com 100 casas decimais. A fórmula de Machin é uma das que ainda hoje é usada, pelos programas de computadores, para calcular os dígitos do p . A fórmula encontrada por Machin é dada por,

Um inglês chamado Shanks, usou a fórmula de Machin para calcular p até às 707 casas decimais, das quais só 527 estavam correctas, publicando o resultado do seu trabalho em 1873.



Em 1949 um computador foi usado para calcular p até às 2000 casas decimais. Em 1961 conseguiu-se através de computação a aproximação de p através de 100 265 casas decimais, mais tarde em 1967 aproximou-se até às 500 000 casas decimais.



Recentemente, David Bailey, Peter Borwein e Simon Plouffe contabilizaram 10 bilhões de casas decimais para p , usando uma fórmula que dá cada casa decimal do p individualmente, para cada n escolhido.



É ainda importante focar, que o primeiro a usar o símbolo p , com o significado que este tem hoje em dia, foi o matemático inglês William Jones em 1706. O matemático suíço Leonhard Euler em 1737 adoptou o símbolo que rapidamente se tornou uma notação standard.

E porque coloquei eu, isto aqui ?? - perguntam vocês .
Como esta semana demos o diâmetrodo círculo, o perímetro e o pi decidi colocvar aqui a sua história !!
Espero que gostem e continuem a deixar comentários ....

Beijos
Xana

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Remodolação do blog

Como já sabem a dona do blog universo de histórias da marta remodolou o blog !! Então eu decidi o mesmo, o fundo já se estava a tornar cansativo ... Espero que não fiques chateada Marta !!?? :S





Até uma próxima e continuem a deixar comentários !!

Beijocas
Xana

domingo, 9 de maio de 2010

I love you Dylan Sprouse

Adoro-vos até ao fim do mundo...
Faria tudo para poder ver-vos e abraçar-vos.
E já sou amiga deles no facebook!! :P


I love you

Espero que gostem da imagem!?

Beijocas
Xana

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Tick Tock - Kesha



Mais um vídeo e música de que eu gosto muito !!! :)
Desejo-vos uma bom vídeo ...
Até uma próxima .

Abraços
Xana

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Petey Pablo - Show me the money



Olá, caros leitores !!
Estou aqui a mostrar umas das minhas músicas preferidas ...

Beijocas~
Xana

Espelho meu

Era uma noite de Janeiro, tudo estava silencioso. De repente ouve-se um choro, seria um milagre?
Era mesmo, um pequeno bebé carequinha acabara de nascer.
E quem era este bebé?
Era eu, de nome Xana!
A olhos vistos fui crescendo rodeada pela minha família, e aos 2 anos um novo rebento nasceu, a minha irmã .
Fui à escola, aos 7 anos e até agora arranjei muitos amigos, mas também muito aprendi e muitas folhas fiz voar!
Aos 9 anos tive a primeira viagem de avião de que tenho memória e foi como tocar nas doces nuvens que cobriam o céu.
Tenho 2 gatinhos com 10 meses, que dão algum trabalho, mas que são uma boa companhia quando estamos em baixo.
A minha vida não é só a escola por isso tenho alguns hóbis:
• Tocar violino;
• Fazer trabalhos manuais;
• Escrever histórias e poemas;
• Ler todo o tipo de livros.
Como gosto de escrever histórias dizem que sou muito criativa, mas também dizem que sou alegre e divertida.
Também dedico algum do meu tempo às minhas amigas e colegas enquanto estou na escola; por isso, considero-me como uma “boa amiga “.
Enquanto estudante dedico-me aos estudos, pois gosto de ter a matéria bem sabida e sou muito perfeccionista no que trata aos trabalhos manuais e desenhos.


Este é um pequeno texto que eu fiz ....
Espero que gostem !!!
Até à próxima .